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Sueca Klarna está otimista em chegar ao milhão de clientes em Portugal e vai apostar em lojas físicas até ao fim do ano

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16 de jun. de 2023

A Klarna, que fornece serviços financeiros online, mantendo uma presença em Portugal desde finais de 2021, anuncia estar otimista em relação à evolução do seu negócio no país, não obstante a contração do poder de compra no último ano, como informa o jornal Expresso. A fintech sueca – também conhecida por ser um dos maiores casos de sucesso entre as startups europeias, avaliada em 45,6 mil milhões de dólares – encontra-se atualmente em conversações com instituições financeiras para incorporar a solução de pagamento a prestações noutros sistemas, pretendendo apostar ainda nas lojas físicas até ao final deste ano, assegura o referido órgão de comunicação.

Aplataforma globaldaKlarna – Klarna

A Klarna entrou no mercado português num contexto macroeconómico mas, com o acelerar da inflação, que resultou na perda de poder de compra do último ano e portanto em menos dinheiro para gastar, o panorama mudou de figura para esta que já foi uma das fintechs mais valiosas do mundo. Contudo, o otimismo perdura em Portugal, tendo a empresa planos de expansão através de lojas físicas até ao final de 2023, como referido, mantendo conversações com locais do sector financeiro a revelar, para integrar a solução em sistemas de pagamentos já existentes. O próximo objetivo da Klarna, no mercado português, é chegar ao milhão de clientes.

Como explica ainda o Expresso: “Em novembro de 2021, a taxa de inflação em Portugal rondava os 2,6%. A taxa diretora do Banco Central Europeu era zero. Um ano depois, a inflação chegava aos 9,9% e, na zona euro, o banco de Frankfurt tinha aumentado o preço do dinheiro para 2% – e abaixo do de outros bancos centrais, como a Reserva Federal dos EUA”, analisa o ponto da situação que é por si só muito delicada para o investimento e para os seus bons resultados.

Já o ECO pondera os prós e contras, alertando que a proposta de valor por detrás da Klarna passa pelo “comprar agora, pagar depois”, em compras online, principalmente para “pagar em três” prestações sem taxas nem juros (1/3 no momento em que o comerciante confirma a transação, outro ao fim de 30 dias, e o terceiro e último ao fim de 60 dias).

Neste âmbito, a coordenadora da Deco, Natália Nunes, remata que “ter informação e capacidade de análise”  é essencial: “Se verificar que necessito mesmo de determinado produto, quero aquele produto, tem um bom preço de mercado e não tenho disponibilidade para pagar, ou o meu orçamento fica mais confortável pagando de forma fracionada, não vejo grande inconveniente em ser pago desta forma. Mas tem de ser feito este exercício”, aborda as vantagens.

“O que vemos, até nos jovens, é que não há um grande hábito de fazer o planeamento do orçamento familiar. Se isto for utilizado pelos jovens, e com toda a certeza será porque se dirige a eles, pode levar a algum descontrolo. Poderá ter efeitos negativos”, conclui Natália Nunes, ao ECO.
 

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