Sport Lisboa e Benfica, em masculinos, e Sporting Clube de Portugal, em femininos, conquistaram o seu 14º título consecutivo na final da primeira divisão dos Campeonatos Nacionais de Clubes, competição que decorreu no Estádio do Fontelo, em Viseu, numa organização da Federação Portuguesa de Atletismo, com apoio da Associação de Atletismo de Viseu e da Câmara Municipal de Viseu. E ainda caíram dois recordes nacionais nas estafetas de 4×400 metros.
Perante a presença do ilustre viseense Carlos Lopes, que conquistou a primeira medalha de ouro olímpica em 1984, feito que completará 40 anos no dia 12 de agosto, a equipa masculina do Sport Lisboa e Benfica produziu a reviravolta de estar a perder por um ponto no final do primeiro dia da final, para triunfar com um ponto de vantagem sobre os eternos rivais do Sporting Clube de Portugal.
Mas o desfecho da classificação fica marcado por várias pequenas surpresas, como o terceiro lugar de Tiago Luís Pereira no salto em altura ou a derrota de Etson Barros nos obstáculos. O suficiente para levar o Benfica a triunfar com 157 pontos, mais um que o Sporting.
A equipa do Benfica conseguiu seis triunfos individuais, por Thomas Marques (800 metros, 1.47,49), Isaac Nader (3000 m, 8.25,75), Roger Iribarne (110 m barreiras, 13,43 s, numa prova em que o sportinguista Abdel Larrinaga bateu o seu recorde pessoal, com 13,53 s), Mikael Jesus (400 m barreiras, 50,13 s), Gerson Baldé (altura, 2,15 m), Emanuel Sousa (disco, 61,28 m).
Nas provas que não venceu, o Benfica foi segundo classificado e isso foi importante para chegar ao seu 36º título, o 14º consecutivo.
Já o Sporting muito tentou manter a liderança do primeiro, dia, com o camaronês Emmanuel Eseme a vencer os 200 metros com 20,54 segundos, Tiago Luís Pereira a vencer o triplo (16,31 m) e, sobretudo, a grande vitória do jovem Leandro Monteiro nos 3000 metros obstáculos (8.47,89), e de Ruben Antunes no martelo, Rúben Antunes, com 73,90 metros, um recorde pessoal que o faz subir ao quarto lugar dos melhores portugueses de sempre, ultrapassando mesmo Décio Andrade, que hoje ficou na segunda posição.
Por fim, pelo seu significado, destaque para o espetacular triunfo do Sporting na estafeta de 4×400 metros, com o quarteto composto por Delvis Santos, João Coelho, Mauro Pereira e Omar Elkhatib a cortarem a meta em 3m06s17”, um novo recorde nacional de clubes, que melhor em um escasso centésimo o anterior máximo (3.06,18), que pertencia ao Benfica desde agosto de 1989, prestes a completar 35 anos!
Para a terceira posição no pódio foi necessário recorrer às melhores prestações individuais, já que Jardim da Serra e Juventude Vidigalense terminaram com a mesma pontuação (80 pontos), com a formação madeirense a ser mais eficaz.
Mantêm-se na primeira divisão as equipas do Maia AC, quintos com 76 pontos, mais um ponto que o Estreito (sexto classificado) e o Sporting de Braga, que por ser sétimo, acaba despromovido à segunda divisão como o Água de Pena, oitavo com 56 pontos.
Em femininos, o Sporting conquistou o seu 53º título, também o 14º consecutivo e fê-lo de forma categórica, com oito triunfos individuais conseguidos nos 200 metros, pela “eterna” Lorene Bazolo (23,25 segundos), nos 800 metros, por Patrícia Silva (2.08,16), nos 3000 metros, com a etíope Hawi Abera (9.22,84), atleta de 18 anos de idade, que se impôs a Mariana Machado, nos 100 metros barreiras, com Olímpia Barbosa (13,48 s), no triplo-salto, por Jéssica Barreira (12,90 m, a 5 centímetros do recorde pessoal), no peso, por Jessica Inchude (18,62 m), no lançamento do dardo, com Cláudia Ferreira (50,98), e, finalmente, nos 4×400 metros, prova em que as “leoas” Carina Vanessa, Juliana Guerreiro, Sofia Lavreshina e Cátia Azevedo correram em 3m33s38”, novo recorde nacional de clubes, superando o anterior máximo (3.35,55) que já pertencia às leoas desde 2021.
Para o Benfica, que teve um melhor segundo dia, há a registar os triunfos individuais no salto com vara, por Joana Barreto (3,90 m, um recorde pessoal), e nos 400 metros barreiras, por Fatoumata Diallo (55,95 s). Ainda assim, as benfiquistas ficaram a 37 pontos do Sporting. Uma última nota para
Para a terceira posição do pódio “saltou” o Estreito. A equipa da Madeira conseguiu somar 100 pontos. Fora do pódio, mas garantindo a presença na primeira divisão no próximo ano, ficaram as equipas do Juventude Vidigalense (91 pontos), Sporting de Braga (81,5) e Jardim da Serra (77,5).
Ao ficarem nas duas últimas posições da classificação coletiva, as equipas da Madeira, Água de Pena (66 pontos) e do Marítimo (51 pontos), foram despromovidas à segunda divisão.
Resultados completos no portal da FPA Competições.
Fotos FPA / Luís Barreto e Marcelino Almeida