Friday, January 3, 2025

Regulamentação da IA, Greentech e NaaS são tendências em 2025 – Silicon Portugal

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A inovação orientada para a sustentabilidade, a regulamentação da IA e o “amadurecimento” das ofertas NaaS dominam agendas dos CIOs.

A Colt Technology Services divulgou aquelas que em seu entender serão as principais tendências tecnológicas que irão dominar o mercado empresarial em 2025.

O estudo realizado, e no âmbito do qual foram inquiridos mais de 1.000 CIO em todo o mundo e reunidas várias outras fontes de informação sobre o mercado, antecipa que a inovação orientada para a sustentabilidade, a regulamentação da IA e o “amadurecimento” das ofertas de rede para modelos Network as a Service (NaaS) irão dominar as agendas dos responsáveis pelas TI nas empresas ao longo dos próximos 12 meses.

Mirko Voltolini, VP, Technology and Innovation da Colt Technology Services referiu a este propósito que, “estamos a ver os responsáveis pelas TI nas empresas avançarem para o próximo ano com otimismo, mas a serem cautelosos, face à incerteza que tem pautado o atual cenário económico, político e tecnológico em todo o mundo nos últimos meses”.

Principais Tendências tecnológicas

SASE e zero trust
A desinformação, as fake news e a insegurança cibernética figuram entre as cinco principais ameaças de curto prazo identificadas pelo World Economic Forum em 2024.

Com as pessoas e os dados a interagirem cada vez mais fora do seu perímetro de rede, as empresas recorrerão cada vez mais à Zero-Trust Networking e ao SASE para criar um perímetro definido por software (SDP) que proteja as suas pessoas, os seus ativos e os seus dados.

Esta situação é agravada pela crescente regulamentação que está a surgir neste contexto, como por exemplo a NIS2 e a DORA.

NaaS de próxima geração
A Colt lançou a Network as a Service em 2017 e desde então, milhares de empresas em todo o mundo beneficiaram deste modelo de rede ágil e baseado no consumo. Agora, o mercado está mais competitivo, oferecendo um leque de opções mais amplo e maior diversidade.

Em 2025, é provável que assistamos ao dealbar de uma nova era para o NaaS, à medida que as operadoras constroem portais cada vez mais sofisticados com níveis mais profundos de automação e de acesso às APIs para os seus parceiros globais.

Redes para IA
À medida que mais casos de uso atingem um nível de maturidade mais elevado, a IA está a tornando-se num fator-chave e num facilitador no âmbito dos planos de transformação digital das empresas.

A Gartner prevê que “até 2026, mais de 90% das empresas irão alargar os seus recursos em ambientes multicloud” .

A distribuição de modelos de IA, os conjuntos de dados empresariais e as aplicações de TI / OT (necessárias para a formação, aumento e inferência da IA) em diversas clouds públicas e privadas irão desafiar o atual paradigma das redes.

Esperamos ver uma maior adoção de soluções que incorporem recursos de rede multicloud, de alta velocidade, seguros e flexíveis.

A inferência on the edge também irá transforma-se num caso de uso fundamental das tecnologias IA, impulsionado pela soberania dos dados e pelos crescentes requisitos da baixa latência.

Colaboração em órbita terrestre baixa
Com os mercados provavelmente a enfrentarem ambientes socioeconómicos menos favoráveis em 2025, as empresas irão manter um controlo rigoroso dos custos.

As parcerias para expandir  competências e recursos deverão, não obstante, continuar. Isto aplica-se a toda a infraestrutura digital, e à medida que os fornecedores testam novas formas de chegarem aos clientes com infraestruturas seguras e de baixa latência.

Uma área onde se prevê que a colaboração aumente, é a da Órbita Terrestre Baixa (LEO), já que as empresas deste segmento estão a planear lançamentos de satélites ao longo de 2025, ampliando ainda mais o alcance de redes poderosas  e com elevados níveis de desempenho, levando assim a conectividade a áreas menos acessíveis.

Crescimento das SDLAN
As redes locais tradicionais estão a dar lugar às redes locais definidas por software, que oferecem às empresas níveis acrescidos de segurança, de otimização e de  automatização, permitindo simultaneamente um controlo centralizado da gestão das redes.

Isto está já a acontecer no setor da indústria de fabrico, onde um grande número de dispositivos IoT se conectam a uma SDLAN, e nas organizações do setor dos serviços financeiros cuja atividade exige uma proteção robusta dos dados financeiros confidenciais.

O crescimento continuará à medida que iremos assistir à convergência das SDLANs com o Edge, impulsionando a adoção e as ferramentas de IA e fomentando a sua otimização.

O crescimento da SDLAN também irá beneficiar da adoção da tecnologia sem fios de alta velocidade, da baixa latência e da capacidade massiva do IoT como o 5G privado e WiFi7.

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