Thursday, September 19, 2024

Quarta vitória de Hugo Lopes reforça estatuto de ‘Campeão’

Must read

Não se podia pedir mais: houve indefinição e luta ao segundo até ao derradeiro troço da última prova da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL 2024, iniciativa que fez correr este ano a sua primeira edição. Última jornada do ano, o Rali da Água – Transibérico – Eurocidade Chaves / Verín permitiu a Hugo Lopes não só garantir o título de Campeão do troféu português, como lhe assegurou a quarta vitória em cinco dos ralis do calendário.
Foi um rali de suspense total de início até final, com duas equipas a lutarem, ao segundo, pela última vitória da época, não só os vencedores Hugo Lopes / Valter Cardoso, como os inconsoláveis Rafael Rêgo / Ana Gonçalves, que lideraram o rali em termos de troféu PEUGEOT da segunda até à penúltima classificativa, num rali que lhes trouxe um sabor muito amargo, com um abandono na derradeira especial.
Com essa desistência inesperada, Pedro Pereira / João Aguiar subiram ao 2º lugar final do rali organizado pelo CAMI Motorsport, batendo por 9,3 segundos a dupla Guilherme Meireles / Pedro Alves. Classificaram-se mais duas equipas do troféu PEUGEOT, das 10 que se apresentaram à partida deste rali que ultrapassou a fronteira norte de Trás-os-Montes, para a região espanhola de Ourense.
Sublinhe-se que Hugo Lopes conquista, assim, o Grande Prémio do troféu nacional organizado pela PEUGEOT Portugal e coordenado no terreno pela Sports & You.
Segue-se, na agenda desportiva do piloto de Viseu, a busca pela conquista de outro troféu que também lidera, a PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA, iniciativa que terminará em meados de Outubro na Catalunha, palco da sua quarta e última jornada de 2024.
Depois de ontem ter assegurado, assim que iniciou o Rali da Água – Transibérico – Eurocidade Chaves / Verín, a conquista antecipada do título de Campeão da primeira edição da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL, Hugo Lopes apontou hoje para os objetivos seguintes: vencer o rali, tentando alcançar uma potencial quarta vitória em cinco ralis – na sua contabilidade de 2024 apenas ficou o percalço de uma desistência no Rali de Castelo Branco – e também ser o melhor da categoria das 2 Rodas Motrizes no âmbito do Campeonato de Portugal de Ralis 2024.
Contando ao seu lado com o experiente navegador Valter Cardoso, o piloto de Viseu apenas garantiu o melhor tempo em 3 dos 9 troços (um foi totalmente neutralizado, pelo que não contou para nada) desta prova organizada pelo CAMI Motorsport, corrida entre a tarde ontem e final da de hoje, mas as diferentes situações e reviravoltas em que o rali foi pródigo contribuíram para que não fosse preciso fazer muito mais.
No que se refere a este Rali da Água, o seu vencedor Hugo Lopes resumiu-o assim: “Foi um rali muito disputado. Entrámos um bocadinho à cautela quer ontem, quer hoje nos troços da manhã, pois estávamos parados desde a Madeira, tendo sido a primeira vez que pegámos no carro. Faltou-nos alguma confiança e estávamos mais cautelosos. Para a tarde atacámos e quisemos recuperar algum do tempo perdido, numa luta que infelizmente não chegou ao final pois o Rafael teve uma saída de estrada. Tenho mesmo muita pena pois ele merecia mesmo ter chegado ao fim, tendo-se mostrado um adversário incrível, com um andamento espetacular. Quero deixar-lhe uma palavra de força, a ele e à Ana, esperando que regressem ainda mais fortes.”
Lopes sagrou-se, também, o primeiro Campeão de sempre da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL, sobre isto acrescentando: “É sempre bom terminar com chave de ouro e quero agradecer à PEUGEOT Portugal, à Sports & You e à FPAK por criarem estes troféus e estas iniciativas para os jovens portugueses, permitindo-nos sonhar com um rali, numa viatura de Rally2. E agora resta-me preparar bem o Rally RACC Catalunha para confirmar, também, o título na PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA.” Sublinhe-se que o cetro maior também está na mira do piloto de Viseu, sendo Lopes, aliás, o atual líder do ranking de Pilotos, nesta competição que terá a sua última jornada em meados de outubro.
Acrescente-se que para além da vitória no rali e da conquista do troféu e do prémio máximo da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL 2024, Lopes foi 5.º da classificação geral absoluta, vencendo, também, a categoria das 2 Rodas Motrizes do Campeonato de Portugal de Ralis 2024, nesta que foi a sua penúltima prova do ano, mantendo-se, também por isso, na luta pelo cetro que será atribuído pela FPAK. Acrescente-se que a PEUGEOT colocou todos os 208 Rally4 que terminaram a prova no top-6 dessa categoria.

Título no primeiro dia, vitória no troféu e nas 2RM no segundo
A conquista antecipada do cetro da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL 2024 não trouxe um peso extra aos restantes objetivos que Hugo Lopes definiu para este Rali da Água. Com menos um segmento de contas para se preocupar, a equipa do PEUGEOT 208 Rally4 n.º 55 entregou-se de corpo e alma à prova, embora cedo vendo que não iria ter a vida facilitada, fruto do ímpeto da dupla Rafael Rêgo / Ana Gonçalves, apostada em conseguir o que, a acontecer, seria o seu primeiro sucesso da época. Só que…!
Rêgo e a sua navegadora entraram ao ataque e terminaram os três troços de ontem com o melhor acumulado de tempos, assumindo-se líderes à chegada da 1ª Etapa, ainda que o seu diferencial fosse de apenas 1,7 segundos para Lopes e Cardoso. Atrás vinham Pedro Pereira / João Aguiar (3ºs), João Andrade / Pedro Santana (4ºs) e Guilherme Meireles / Pedro Alves (5ºs), em luta por um lugar no pódio final e em plena discussão da posição de Vice-Campeões no final desta edição de estreia da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL.
O segundo dia do Rali da Água estava, por isso, repleto de pontos de interrogação que começaram logo a ter resposta em Eurocidade (11,5 km), primeiro troço onde João Andrade teve uma saída de estrada, perdendo muito tempo a regressar ao alcatrão, especial em que Rêgo reforçou em 5,5 segundos o seu diferencial para Lopes. Fora de prova ficavam dois dos dez PEUGEOT 208 Rally4 que alinharam à partida deste último rali da época, tendo aos volantes os pilotos Diogo Marujo e Joni Gonçalves.
Depois, em Verín (15,78 km), assistiu-se a um empate “fictício” entre os dois homens da frente, devido à neutralização do troço. Lopes completou-o normalmente, mas a prestação de Rêgo foi afetada, sendo-lhe atribuído um tempo nominativo. Entretanto, ao degrau mais baixo do pódio subia Guilherme Meireles, que ali se manteria após o troço seguinte – Chaves (12,2 km) – que devido a novo acidente na cabeça do rali, viu atribuído o mesmo tempo a todas as 8 equipas do troféu ainda em prova.
Ficavam, assim, três especiais por correr, na mesmíssima sequência das desta manhã, estando Rafael Rêgo na liderança, com uma vantagem de 7,2 segundos para Hugo Lopes. Atrás, Guilherme Meireles segurava o terceiro posto por dois segundos e meio face a Pedro Pereira, 4º classificado na altura.
Os troços da tarde trouxeram novas batalhas, não só pelos melhores tempos, como pelas melhores posições finais. Em Eurocidade (11,5 km), Rêgo ganhou mais 2 décimos a Lopes e Pereira bateu Meireles por 7,8 segundos, reassumindo o 3º lugar provisório na classificação do troféu. Já em Verín (15,78 km) Lopes recuperou 4,4 segundos de uma assentada ao seu adversário, o que significa que a diferença de tempos para o último troço entre 1º e 2º classificados era de apenas 3 segundos redondos.
A fechar a competição, o troço de Chaves (12,2 km) veio a ser uma PowerStage de final inesperado, pois não só deu os pontos extra aos três mais rápidos a cumpri-la: Lopes, Pereira e Meireles, por esta ordem. Quanto a Rafael Rêgo, que tudo tentou para que o seu adversário não o apanhasse, o rali terminaria da pior maneira, com um capotanço na derradeira especial, impedindo-o de festejar uma igualmente merecida vitória ou, no mínimo, um lugar num dos lugares do pódio do troféu, neste rali.
Hugo Lopes e Valter Cardoso asseguraram, assim, a vitória no Rali da Água – Transibérico – Eurocidade Cháves / Verín, Lopes (re)confirmou que o cetro de Campeão da PEUGEOT RALLY CUP PORTUGAL 2024 é inegavelmente seu, e Pedro Alves assumiu-se como o ‘Vice’ da presente época.
Finda a sequência oficial de troços, realizou-se a SuperEspecial Rota Termal City Stage (1,74 km às 17h06), um troço-espetáculo desenhado no centro de Chaves e obrigatório para os pilotos em prova, mas que não influenciou as classificações finais do rali, nas suas diferentes categorias. A cerimónia do Pódio decorreu junto ao Centro Coordenador de Transportes de Chaves.

Latest article