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Portugal Fashion anuncia nova fase de desfiles uma vez por ano e sinergias entre áreas criativas em viagem pelo norte português com aposta internacional

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10 de abr. de 2024

O Portugal Fashion (PF) revela o seu novo conceito, que o diferencia de semana da moda e transforma num formato de ‘fashion festival’ anual, aberto a diferentes vertentes criativas, a estrear entre os dias 1 e 6 de julho. Ainda sem lugar marcado, vai ser descentralizado do Porto para viajar por toda a região norte, criando diferentes experiências e sinergias. A aposta passa também por uma mais forte e persistente internacionalização dos talentos portugueses, com foco na área comercial das marcas e empresas.

Huarte – primavera-verão2024 – Womenswear – Porto – Foto: Carlos Costa

“Com a quebra de fronteiras no mundo da moda, a que se soma o maior acesso imediato a conteúdos nacionais e internacionais, a ANJE e o Portugal Fashion decidiram mudar de estratégia”, pode ler-se no comunicado enviado às redações, que justifica: “Um planeamento que vem sendo feito desde 2021, quando a pandemia obrigou a repensar modelos de negócio e formas de estar”.

“A nova estratégia será um passo importante na modernização de um projeto que
nasceu há quase 30 anos, e que cedo se assumiu como uma plataforma de
internacionalização da moda portuguesa. Com um roteiro global estruturado, o
Portugal Fashion passará a organizar um grande evento uma vez ao ano em solo
português.”

Segundo Mónica Neto, diretora do PF, “esta estratégia tem sido pensada há algum tempo decorrente do que tem sido a evolução do Portugal Fashion. Após alguns anos de reflexão, começamos a validar a consciência de que estávamos a crescer para diversas ramificações, tornando-se um desafio insustentável”. 

Miguel Vieira – primavera-verão2024 – Menswear – Porto – Foto: Ugo Camera

“Efetivamente, em termos de resultados comerciais e de negócio, faria sentido ter mais consistência no internacional, nunca deixando de renovar o nosso compromisso com os jovens talentos e com todas as sinergias que temos atualmente. Assim, começou a consolidar-se a estratégia de transformar a edição em anual e ter uma curadoria que permita trazer a imprensa nacional e internacional e mostrar o que temos de melhor nomeadamente na hospitalidade e gastronomia”, reforça a executiva em entrevista à FashionNetwork.com.

“Esta edição será a incubadora da nova estratégia e marca o início do que será o futuro com momentos complementares aos desfiles muito mais de experiências e sinergias entre a moda e outras artes como a arquitetura, cerâmica, pintura; tornando assim o evento num conceito diferenciado que não pretende ser apenas uma semana da moda.”

Em termos de espaço físico para a encenação dos desfiles e apresentações, Mónica Neto adianta: “Ainda não estamos a revelar o espaço, podemos dizer que haverá inovação com a sua dispersão geográfica mais segmentada, com momentos dispersos só pelo Porto e norte. Ainda que a base dessa nossa estratégia seja sempre entre profissionais e imprensa, a democratização em espaços públicos continua na base do evento”.

Pé de Chumbo – primavera-verão2024 – Womenswear – Porto – Foto: Ugo Camera

“A moda de autor vai manter-se o principal foco do evento, com os desfiles e apresentações habituais. Contudo, far-se-á a ponte entre a área criativa e “as várias dimensões do ecossistema moda (indústria, inovação e sustentabilidade, formação, distribuição e comunidade)”, diz ainda o comunicado.

A plataforma Bloom dos jovens talentos continua a ser o “pilar deste evento anual”, que ganha assim uma forma “mais consolidada e consistente” como “verdadeira incubadora de criadores de moda”.

“O Bloom tem sido visto como uma plataforma de apoio a jovens talentos, vamos reforçá-lo como incubadora de lançamento de marcas e empresas transformando projetos de negócio e preparando-os para o mercado com mais apoios”, acrescenta a diretora do PF, confessando que o suporte “ao nível da conversão desses projetos” passa pelo “compromisso da sustentabilidade, dando apoios para nascerem sustentáveis”, pois, “muitas vezes, esse investimento significa dificuldades e queremos dar recursos, ferramentas”, justifica Mónica Neto.

Mantsho-primavera-verão2024-Womenswear-Porto – Foto: Ugo Camera

Mónica Neto releva ainda a componente da internacionalização, dizendo-nos que tencionam “recuperar o que está em stand by. Desde 2022 que não realizamos ações internacionais”.

“Está tudo parado por ainda estarmos sem novidades do Portugal 2020-2030”, prossegue. “Trabalhamos num projeto que recupera o roteiro internacional, investindo com alguma inovação nesse roteiro e criando mais peso entre ações nacionais e internacionais, sendo o nosso evento um complemento, mas não a repetição do que é feito fora de portas”, revela-nos por fim.

“O grande fator diferenciador do Portugal Fashion foi sempre a internacionalização
da moda de autor portuguesa, apoiando dezenas de designers nas mais variadas, e
importantes, semanas de moda europeias e mundiais (cerca de 200 ações desde
1999). Para além disso, o projeto carrega um país no nome, e esse motivo é,
também ele, fator de peso a nível internacional, já sobejamente conhecido,
reconhecido e respeitado”, conclui o PF na nota.
 

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