Friday, November 8, 2024

Imobiliário impulsiona investimento direto estrangeiro em Portugal

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O investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal totalizou 4.100 milhões de euros no primeiro semestre de 2024, 1.600 milhões dos quais referentes a imobiliário, ascendendo o stock de investimento direto do exterior a 67% do PIB. 

De acordo com o Banco de Portugal (BdP), até junho as transações de investimento direto do exterior totalizaram 4.100 milhões de euros, mais do dobro dos 2.0000 milhões do primeiro semestre de 2023, devido sobretudo ao investimento realizado por investidores não residentes no capital de entidades portuguesas (4.300 milhões de euros).

Neste valor estão incluídos 1.600 milhões de euros referentes ao imobiliário, que continua a ser um motor de investimento no país. 

Neste período, foram os investidores residentes em países europeus que mais investiram em Portugal, somando 3.218 milhões de euros, seguindo-se os da América (441,25 milhões de euros), Ásia (274,55 milhões de euros) e África (220,25 milhões de euros).

Em sentido inverso, no que respeita ao investimento direto de Portugal no exterior (IPE), as transações no primeiro semestre do ano somaram 2.600 milhões de euros (3.400 milhões de euros no período homólogo de 2023), dos quais 2.533 milhões foram canalizados para países europeus.

No que respeita ao stock de IDE em Portugal, no final do primeiro semestre de 2024 era de 184.000 milhões de euros, enquanto o stock de IPE era de 67.600 milhões de euros. Estes montantes representavam, respetivamente, 67% e 25% do Produto Interno Bruto (PIB) português.

O BdP detalha que “desde 2008 que ambos os stocks têm aumentado, embora a ritmos diferentes: o IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o primeiro semestre de 2024, enquanto o IPE cresceu 29%.Quando medidos em percentagem do PIB, o peso do IDE aumentou 22 pontos percentuais, mas o peso do IPE reduziu-se cinco pontos percentuais.

No final do primeiro semestre de 2024, os setores de atividade económica das “outras atividades” e das “indústrias, eletricidade, gás e água” continuaram a ser os que mais investimento direto atraíam — representavam, respetivamente, 39% e 14% do ‘stock’ de IDE em Portugal.

Desagregando as “outras atividades”, os agregados que concentravam maior valor de IDE eram a “educação, saúde, outras atividades de serviços sociais e pessoais e outras atividades”, incluindo as atividades financeiras e de seguros (40.900 milhões de euros), e as “atividades de consultoria e administrativas” (22.500 milhões de euros).

No que respeita aos rendimentos de investimento direto, no primeiro semestre, os rendimentos de IDE e de IPE foram, respetivamente, de 5.600 milhões de euros (superiores aos do período homólogo em 1.100 milhões de euros) e de 2.700 milhões de euros (valor inferior ao do período homólogo em 200 milhões de euros).

*Com Lusa

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