Friday, November 15, 2024

Fora do Escritório com Ricardo Tomé, diretor-geral da Media Capital Digital

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Ricardo Tomé, diretor-geral da Media Capital Digital, assume que tem dificuldade em desligar do trabalho durante os períodos de férias. Procura, todavia, afastar-se da operação do quotidiano, aproveitando para pensar em novas ideias, como aconteceu durante a viagem ao Arizona para ir conhecer Horseshoe Bend (na foto).

O que é que não faz durante as férias, que faça habitualmente quando está a trabalhar?

Olhar para o calendário do Outlook, gerir a agenda e participar em reuniões. Só participo se houver mesmo alguma urgência. Tomar decisões estratégicas de fundo é outra das coisas que não faço. Resolver problemas, sim, mas tomar decisões que afetem o futuro a longo prazo, só se vierem de processos em fecho. Caso contrário, são para deixar para o regresso.

Também não penso no trabalho operacional do dia a dia. Tento desligar da operação, beneficiando da delegação na competência das equipas, para obter o distanciamento necessário para ver o que está para além da rotina.

Estar de férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho?

Ambos, com mais foco em libertar a mente para novas ideias e para pensar nas pessoas-chave da empresa. Nos primeiros dias é sempre difícil concretizar isto, porque o cérebro continua pela inércia a rodar no ritmo acelerado. Mas, ao fim de algum tempo, já consigo o distanciamento e a tranquilidade necessários, para pensar com mais profundidade no que poderei fazer melhor no estímulo das pessoas e para conseguir o seu máximo potencial.

Desligar totalmente é sempre difícil, até porque não gosto, confesso. Vou mantendo ativa a consulta às mensagens de WhatsApp e à caixa de email. Desligar nas viagens curtas nem sequer tento. Nas longas, de duas semanas, aí sim. Faço esta revisão e aprofundamento mais estrutural do negócio, das pessoas, do nosso caminho para a frente. A nível pessoal, também faço essa análise.

Quais são os jornais, programas de televisão, podcasts, sites ou outros meios de comunicação que segue durante as férias?

Abrando ou desligo, mesmo dos podcasts, uma vez que acompanho muitos, sobretudo de temas ligados ao trabalho, sobre gestão, tecnologia, psicologia, economia e política, etc. Mantenho a leitura diária aos nossos sites, CNN, TVI, IOL, Maisfutebol, Selfie, Versa e Away.

É por aí que começo o dia, esteja onde estiver. Depois, vou às manchetes dos principais jornais económicos, de informação geral e de desporto. De resto, fixo-me mais no cinema, de que sou fã. E vou aproveitando para matar saudades e para me dedicar também à fotografia, que é outra das minhas paixões.

Quais são as marcas que o acompanham nas férias?

São tantas. No desporto, a Salomon, Patagonia, Adidas e Nike. Depois, é sempre uma escolha difícil, saber dos três ou quatro perfumes que uso habitualmente qual aquele que será o eleito para ir na mala. A Gillette, pelas razões óbvias, além da Isdin e do iPhone. Os óculos de sol são Ray Ban.

As calças são Levi’s, claro, pois resistem a tudo. Tanto me permitem subir às cascatas na Islândia como, à noite, ir ao restaurante jantar com a esposa. Nos media, são as marcas que produzimos na Media Capital, que já mencionei acima. E ganham redobrado valor os auscultadores. Por falar nisso, depois de um desaire com os Beats by Dre, ando a pensar nos próximos, que serão Sony ou Bose.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

Começo por agradecer à equipa o facto de me terem poupado às agruras de muitas chatices, que resolveram da melhor forma possível. Depois, reúno com o CEO para alinhar os temas e as ações para os dias e para as semanas seguintes. De seguida, revejo a agenda e faço o ponto de situação dos projetos-chave que temos em curso e da sua ‘timeline’, além de colocar em marcha e/ou debater com as pessoas as ideias que possa ter tido na viagem.

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