“Há muito tempo que identificamos esta questão como uma injustiça muito grande, porque há beneficiários a 100 metros uns dos outros e uns pagam e outros não”, pelo que “quando estiver resolvido, ficaremos muito satisfeitos”, disse.
O responsável da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva(EDIA) falava à agência Lusa depois de a ministra do Ambiente ter anunciado que este pagamento deverá ser incluído no acordo a assinar entre os dois países, em setembro.
Segundo a ministra Maria da Graça Carvalho, o valor a pagar por Espanha será de dois milhões de euros por ano.
Nas declarações à Lusa, o presidente da EDIA explicou que os beneficiários do lado português pagam a água que captam na barragem de Alqueva, ao contrário dos agricultores com pontos de captação de água do lado espanhol, que não têm de pagar nada.
“Mesmo antes de construirmos a barragem de Alqueva, sabíamos que havia pontos de captação de água no rio Guadiana e alguns que iriam beneficiar da construção da barragem. São estes que têm a obrigação de pagar”, sublinhou.
Quanto aos dois milhões de euros a pagar anualmente por Espanha, José Pedro Salema sublinhou que o valor foi determinado através da aplicação direta da tarifa do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA).
“Os pontos de captação de água espanhóis vão pagar o mesmo que os pontos de captação de água portugueses”, sublinhou o responsável.
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