Francisco Monteiro foi notícia esta semana na imprensa e em programas de comentário social por promover o casino Best-Win, que é ilegal em Portugal e não está devidamente regulado para operar no nosso país, segundo o site do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ).
O vencedor do Big Brother 2023 não é a única personalidade a promover este verdadeiro flagelo, que acaba por ter consequências para quem efetivamente joga e não consegue reaver os ganhos diretamente na plataforma.
Este não é um fenómeno novo em Portugal, alicia, sobretudo, ex-concorrentes de reality shows e já motivou, inclusive, uma reportagem no programa ‘A Prova dos Factos’, da RTP1, em setembro de 2022. Nessa altura, a plataforma em questão era a Ice Games Casino – convém referir que os casinos ilegais em Portugal estão constantemente a mudar de nome à medida que vão sendo denunciados – e os ex-concorrentes visados por essa reportagem foram Rui Figueiredo, Jéssica Antunes, Jéssica Nogueira, Helena Isabel, Joana Schreyer e Ricardo Pereira.
Reveja a reportagem aqui a partir dos 16:00 minutos.
Dois anos depois dessa reportagem, a par das muitas denúncias de quem joga no Portal da Queixa e da remoção das plataformas ilegais, este tipo de casinos têm angariado cada vez mais ex-concorrentes, dada à maior quantidade de novos reality shows, e as recentes personalidades são o próprio Francisco Monteiro e também Catarina Miranda, entre muitos outros nomes, como pode conferir no final deste artigo.
Carlos Anjos esclarece que a Best-Win “é uma plataforma ilegal”
Esta semana, e após um “erro fonético” no programa ‘Noite das Estrelas’, da CMTV, que deu origem a um “equívoco“, Carlos Anjos entrou em direto no formato de late night transmitido na noite desta quinta-feira, 7 de novembro, para fazer um esclarecimento.
“Mantém-se tudo [o que eu disse], à exceção de uma situação. Eu pedi uma informação se estava ou não legal o tal casino Best-Win, foi-me dito que sim, mas o que está legal é o Bwin e o Best-Win não consta da lista. Houve aqui uma diferença na informação do nome por ser muito parecido“, começou por dizer.
O comentador também explicou: “A plataforma que a pessoa em causa publicita não está regulada, não está legalizada no Serviço da Inspeção de Jogos e, portanto, é uma plataforma ilegal. A partir daí, há responsabilidades quer da plataforma, em que o Serviço Regulador de Inspeção de Jogos já estará a notificá-la para depois a banir do espaço digital, pelo menos em Portugal. E a questão que se põe agora depois é também se ele tem a noção que essa plataforma não está legal, porque se ele souber que a plataforma não está legal, então ele é cúmplice com o crime de jogo ilegal“.
“Há esta e muitas outras plataformas ilegais, o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos já baniu cerca de 70. O problema é que hoje são banidas e amanhã aparecem replicadas noutro site qualquer, porque estas empresas não têm uma estrutura física de estar centralizadas num apartamento em Portugal, normalmente até elas estão num domínio estrangeiro, isto é uma espécie de jogo do gato e do rato entre a Inspeção de Jogos e estas plataformas“, acrescentou.
Carlos Anjos destacou, na publicidade feita por Francisco Monteiro, que “não temos nenhum dado da empresa“: “Só empresta o nome, é uma publicidade muito dissimulada da parte dele, ele é que assume quase tudo e isso torna o papel dele mais importante. Não há ali uma ligação direta, portanto pode vir a trazer mais problemas a ele. O quadro legal é muito difuso, porque anda entre a Lei do Jogo, o Código da Publicidade e não é uma coisa que esteja prevista do Código Penal“.
“Nós nem sabemos, quando ele diz que ganhava aquilo, se ele estava a falar a verdade ou mentira. Apesar da lei prever que possa haver coimas para jogadores, é muito difícil porque são considerados eles próprios vítimas da plataforma de jogo ilegal“, concluiu.
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