O mercado de escritórios de Lisboa continua a ser palco de grandes transações na reta final de ano. A mais recente trata-se da venda do edifício Alto das Amoreiras por um fundo gerido pela britânica Tristan. O novo dono deste prédio de escritórios é a Mundicenter, uma empresa que pertence ao Grupo Alves Ribeiro. O valor do negócio não foi divulgado.
Localizado numa zona central da capital, o edifício Alto das Amoreiras possui uma área de 5.821 metros quadrados (m2) e conta com vários inquilinos. Depois de um processo de transformação ao longo dos últimos anos (como a renovação total de zonas comuns), o edifício passou a contar com alta eficiência energética, em concreto com uma certificação ESG BREEAM “Very Good”, revelam em comunicado enviado às redações.
Até ao momento, este edifício pertencia ao portefólio Vision Escritórios tendo sido gerido pela Norfin Serviços, a mando do seu antigo proprietário, o fundo CCP 5 Long-Life administrado pela britânica Tristan Capital Partners.
Agora, edifício Alto das Amoreiras passa para as mãos da Mundicenter, uma empresa detida maioritariamente pelo Grupo Alves Ribeiro. Com esta transação, este grupo consolida a sua presença nesta zona da Lisboa, onde já possui o Amoreiras Shopping Center, o Edifício Amoreiras Square e a Torre 1 das Amoreiras, explicam ainda.
Esta transação acaba, assim, por mostrar a recuperação do mercado de escritórios lisboeta e a atratividade deste mercado, segundo dizem as consultoras imobiliárias que assessoraram este negócio imobiliário em regime de coexclusividade. “Esta transação reflete uma tendência clara do mercado: os investidores estão cada vez mais interessados em edifícios que conjugam localização central com elevados padrões de sustentabilidade. O Alto das Amoreiras é um exemplo perfeito dessa combinação, destacando-se como um ativo único no coração de Lisboa, muito atrativo para o mercado internacional”, comenta José Maria Sampaio Nunes, Senior Consultant Capital Markets na JLL.
Por seu turno, Cristina Machado, Associate e Head of Office Investment na Cushman & Wakefield, diz que a localização, acessos rodoviários e certificação energética do Alto das Amoreiras “tornam este edifício numa escolha estratégica para investidores que valorizam qualidade e sustentabilidade”.