Sunday, December 22, 2024

Embaixador de Portugal: “Angola continua a ser um país de oportunidades económicas para além do petróleo”

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O diplomata destacou os desafios enfrentados pelas empresas: “a previsibilidade de pagamentos, a segurança jurídica, a estabilidade cambial, o acesso a divisas”.

O embaixador de Portugal em Angola defendeu a aposta das empresas nacionais no país lusófono, considerando que existem oportunidades para além do sector petrolífero.

“Angola é um mercado estrutural para as empresas portuguesas. Portugal exporta 2 mil milhões de euros para Angola. Temos 1.250 empresas portuguesas e luso-angolanas. A construção cria dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos”, disse hoje Francisco Alegre Duarte.

O diplomata destacou os desafios enfrentados pelas empresas: “a previsibilidade de pagamentos, a segurança jurídica, a estabilidade cambial, o acesso a divisas”.

“Há uma grande confiança em Angola, uma aposta de longo prazo que permite ganhar escala e compensar os ciclos económicos na Europa e em Portugal, uma aposta fundamental no processo de internacionalização”, afirmou, numa mensagem de vídeo transmitida hoje no evento Doing Business Angola 2024, organizada pelo Jornal Económico, que teve lugar em Lisboa.

Destacando o desígnio de diversificação económica de Angola, o embaixador afirmou que Portugal tem uma “grande responsabilidade e grande oportunidade”. “Angola continua a ser um país de oportunidades económicas para além do petróleo”, disse, realçando sectores como a “agroindústria, turismo, indústria farmacêutica”.

“É preciso arriscar e apostar em Angola”, defendeu.

Francisco Alegre Duarte destacou a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, na próxima semana, a Angola, e a visita do primeiro-ministro português, em julho.

“As visitas darão impulso e reforçarão a relação muito boa no plano político, e pode ir além em termos económicos. Temos instrumentos poderosos” como a “linha de financiamento”.

“É uma relação marcada por maturidade, fraternidade e igualdade. E deve refletir-se também nas oportunidades económicas”, rematou.

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