Monday, September 16, 2024

Construção tem ‘boom’ de novas empresas – mas imobiliário está em queda

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A construção de edifícios residenciais (e outros imóveis) foi o setor de atividade que registou o maior crescimento de novas empresas nos primeiros seis meses deste ano, revela o Barómetro Informa D&B esta sexta-feira divulgado. Já as atividades imobiliárias estão em queda há dois anos, havendo, assim, cada vez menos empresas a nascer neste ramo. Por outro lado, há menos negócios a encerrar e menos insolvências quer construção, quer no imobiliário.

No primeiro semestre de 2024, foram criadas em Portugal 27.263 novas empresas, número que representa um recuo de 3% na constituição de empresas (-844 constituições) face ao período homólogo de 2023. Esta tendência já se verificou nos dois trimestres deste ano, destaca a Informa D&B em comunicado enviado as redações.

O que salta, desde logo, à vista é que a construção de edifícios (residenciais e não residenciais) é a atividade com o “maior número de constituições de novas empresas” neste semestre (2.049 constituições de empresas), registando igualmente o maior crescimento face ao semestre homólogo (+188; +10% constituições de empresas)”, referem.

“Também responsável por muitas das novas empresas em períodos recentes, o empreendedorismo no setor das atividades imobiliárias está em queda há quatro semestres consecutivos, com menos 179 constituições de empresas (-6,7% constituições) do que no período homólogo”, lê-se na publicação.

Além da construção, os setores dos Serviços gerais (+118; +3,0% constituições), Tecnologias da informação e comunicação (+85; +5,1% constituições) e Retalho (+77; +3,1% constituições) também seguiram a tendência de aumento do número de constituições de empresas.

Encerramentos e insolvências caem na construção e no imobiliário

O panorama das empresas em Portugal não é animador, já que se verificou um aumento de insolvências: 1.074 empresas iniciaram um processo de insolvência no primeiro semestre de 2024, o que corresponde a um aumento de 11% face ao primeiro semestre do ano anterior. Este crescimento das insolvências está “maioritariamente concentrado nas Indústrias de Têxtil e Moda” e verificou-se, sobretudo, nos concelhos de Guimarães e Felgueiras, explicam.

Mas esta tendências não foi identificada em todos os setores. Na construção houve uma queda de quase 20% nas insolvências (133 novos processos). E o recuo foi ainda maior no imobiliário, tendo sido registados apenas 27 processo de insolvência nos primeiros seis meses do ano, menos 32,5% face ao mesmo período do ano passado.

Já no que diz respeito aos encerramentos, observou-se outra realidade. “No primeiro semestre de 2024, encerraram 6.022 empresas, menos 5,3% que no semestre homólogo, sendo que à data de hoje ainda existem publicações a ser efetuadas pelo Registo Comercial”, destacam no documento.

Segundo os dados apurados até agora também houve claros recuos na construção e no imobiliário, com menos 2,6% de empresas a fechar no primeiro e 12,7% no segundo.

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