O bloqueio do X no Brasil criou uma espécie de onda de solidariedade entre os usuários que moram no país e em Portugal. Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) confirma que a rede social comprada por Elon Musk fica fora do ar, alguns brasileiros elegeram os seus correspondentes na Europa para continuar com seus perfis em pleno funcionamento.
“Em razão do bloqueio da plataforma X pelo excelentíssimo ministro Alexandre de Moraes, informo que a administração desta página passa para meu correspondente externo, situado em Portugal. Continuarei criando os tweets, mas serão postados de lá”, escreveu uma pessoa.
A mesma medida foi tomada por outro influenciador, que afirmou que um parente será responsável pelas postagens: “A partir de agora todas as minhas postagens acontecerão por intermédio do meu cunhado que se encontra em Portugal. Durante o bloqueio do X. Toda e qualquer informação veiculada nesta conta, será por intermédio dele”.
Críticas ao bloqueio do X no Brasil começam a surgir
Brasileiros que moram em Portugal também começaram a criticar a decisão do STF. Um usuário do antigo Twitter aproveitou o momento em que o assunto é um dos mais comentados no Brasil e no mundo para afirmar que “a intimação foi feita de forma ilegal”.
“O bloqueio teoricamente deve ser temporário, uma vez que a intimação foi feita de forma ilegal através do X, e não entregue em mãos. E, vai contra os acordos internacionais dos direitos humanos e liberdade de expressão da qual o Brasil faz parte. Mas como é no Brasil nunca se sabe”.
Ministros do Supremo Tribunal Federal votaram pelo bloqueio do X
A votação sobre o bloqueio da rede social de Elon Musk aconteceu nesta segunda-feira (02), Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino seguiram o voto de Alexandre de Moraes, formando maioria, dessa forma, ficou confirmado que o X ficará fora do ar até que um representante legal seja indicado pelo empresário.
Ao votar pelo bloqueio, Dino reforçou que o antigo Twitter não está acima da soberania nacional brasileira: “Com a imperativa moldura da soberania, não é possível a uma empresa atuar no território de um país e pretender impor a sua visão sobre quais regras devem ser válidas ou aplicadas”, argumentou o político.
A restrição ao funcionamento do X no Brasil está em vigor até que a plataforma pague as multas determinadas por descumprimento de ordem judicial e indique representante legal no país. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já foi comunicada da medida e, por sua vez, notificou as operadoras de internet.