Tuesday, November 19, 2024

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Adepto do teletrabalho, Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa e CEO e cofundador da Consumers Trust, está habituado a andar de telemóvel e de computador atrás. Em férias não é diferente, embora procure arranjar tempo para ir para um kartódromo (na foto), libertar a tensão que vai acumulando ao longo do ano. Nos períodos em que se consegue abstrair da realidade laboral, procura distanciar-se dos problemas do quotidiano para ter uma visão mais alargada do panorama de consumo nacional.

O que é que não faz durante as férias, que faça habitualmente quando está a trabalhar?

Em jeito de ‘disclaimer’, tenho de alertar os leitores, para que não pratiquem lá em casa aquilo que eu faço fora do escritório, pois é altamente antagónico às prescrições médicas e ao conteúdo inspiracional que os gurus dos recursos humanos partilham no LinkedIn. Honestamente, não tenho uma linha que separe o trabalho da vida pessoal. Já é uma condição intrínseca à minha forma de vida, talvez por ser empreendedor e fundador de uma plataforma digital.

Trabalho 24 horas por dia com a CEO do Portal da Queixa, que é a minha esposa. Adotámos o regime de teletrabalho para toda a empresa. Até inserimos o escritório no projeto de construção da nossa nova casa e, pior, por vezes vamos de férias para destinos onde vamos ter reuniões de trabalho no âmbito da nossa internacionalização para conjugar o útil com o agradável.

Estou certo de que muitos empreendedores se reveem nesta minha descrição. Claro que, sempre que é possível, não levo o ‘laptop’ do pecado comigo, mas, se formos a ver, nos dias de hoje, o ‘smartphone’ também já serve para quase tudo, não é?

Estar de férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho? 

Estar de férias significa, acima de tudo, diversão e família. Esses são os elementos fundamentais para o bem-estar e o equilíbrio da minha saúde mental. Sem o amor e o orgulho que tenho na minha família, não teria a inspiração para continuar a ter novas ideias e manter a motivação permanente.

Por isso, aproveito muito os momentos de férias em família e, por vezes, com amigos, para refletir e conversar sobre certos assuntos, sem o peso da pressão diária. A leveza do ambiente de descontração e do espírito de férias tem o poder único de permitir alcançar um distanciamento maior da nossa realidade habitual e ter uma visão mais alargada.

Curiosamente, são os momentos em que eu e a Sónia [Lage Lourenço, CEO do Portal da Queixa], enquanto administradores, tomamos as decisões que têm maior impacto a longo prazo. E não existe nada melhor do que descarregar a adrenalina acumulada durante o ano numa corrida de ‘kart’ ou de ‘jet ski’.

Quais são os jornais, programas de televisão, podcasts, sites ou outros meios de comunicação que segue durante as férias?

Naturalmente, o digital domina o meio da minha leitura diária. Como nasci no final da geração de 1970, passei por toda a transformação digital, da qual consegui aproveitar o melhor para, hoje, ser um dos precursores no incentivo à utilização de plataformas digitais. São uma excelente forma de executar as tarefas que anteriormente se faziam pelos meios analógicos.

Portanto, é raro ter tempo para ver televisão, a não ser quando sou o convidado do programa ou da informação. Mas sigo a agenda noticiosa através dos sites dos principais órgãos de comunicação social, nomeadamente o Expresso, Público, o JN, o Jornal Económico, o Negócios e o SAPO.

Procuro ouvir com frequência podcasts nacionais, como o O CEO é o Limite da Cátia Mateus, o Geração 70 do Bernardo Ferrão e o Expresso da Manhã do Paulo Baldaia. Por norma, não publico nas redes sociais, a não ser conteúdo profissional no LinkedIn, mas obviamente que as utilizo para obter informação e para acompanhar as tendências de mercado. Nas férias, tenho também uma admiração especial pelo algoritmo do TikTok.

Quais são as marcas que o acompanham nas férias?

Do ponto de vista tecnológico, não dispenso a panóplia de ‘gadgets’ da Samsung, desde o telefone e do ‘smartwatch’ até ao tablet. Também não prescindo dos obrigatórios ‘headphones’ da Sennheiser para o meu principal passatempo, que é ouvir música. No que há mobilidade respeita, sou acompanhado pela Mustang se for de carro e da TAP se for de avião.

Recorro ao meu ‘watchloop’ do MB Way para pagar tudo ‘cashless’, pois não uso carteira e os bolsos, normalmente, pertencem à Tommy Hilfiger, marca de moda da qual sou fã. Como posso ser convidado em cima da hora, para uma entrevista em televisão, levo sempre, junto aos calções de praia, um fato da Ermenegildo Zegna, que pode ser igualmente útil para um jantar mais formal.

Se a entrevista se realizar através do Skype, fico-me só pelo casaco e mantenho os calções. Na minha pegada aromática, é comum cheirar um perfume da Boss, que é igualmente um complemento que habitualmente me acompanha, mesmo de férias.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

A primeira é pensar que, nas próximas férias, vou ser uma pessoa normal e desligar por completo, porque regresso logo com reuniões agendadas para as semanas seguintes. Contudo, em termos mais práticos, a primeira tarefa é obter uma visão macro de todos os processos e episódios mais importantes que ocorreram enquanto estive fora.

É um processo simples, mas essencial, para definir a importância e prioridades. A partir daí, é ir a fundo em cada processo que necessite da minha intervenção direta e falar com as direções das várias equipas, para discutir as questões que estão nas prioridades da lista de tarefas de regresso ao trabalho. Mas o essencial é saborear o sentimento de que tudo continua de pé e a avançar a bom ritmo, porque nos fomos rodeando de pessoas extraordinárias.

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