“Vamos estudar a possibilidade de acumular benefícios sociais com renda do trabalho, dentro de certos parâmetros, para evitar algo que acontece hoje, que é que algumas pessoas preferem receber subsídios de desemprego em vez de trabalhar — porque se trabalham perdem renda”, destacou Maria do Rosário Palma Ramalho, durante uma conferência sobre o 20º aniversário do primeiro Código do Trabalho português.
O ministro afirmou que a ideia não é reduzir os benefícios sociais. Os contornos ainda serão estudados na Concertação Social, mas a intenção é evitar situações em que receber benefícios da Segurança Social seja mais vantajoso do que procurar emprego ou trabalhar ativamente. Algo que é “relativamente comum” em setores onde os salários “não são muito altos”, notou o governante
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“Hoje, quando um desempregado começa a trabalhar, perde o subsídio de desemprego. Não podemos ter uma situação em que se torne mais vantajoso continuar desempregado”, insistiu Palma Ramalho, que não rejeitou a possibilidade de esta ser uma das medidas que o Governo incluirá na revisão do acordo de
rendimentos.
No final do ano passado, o anterior Governo, liderado por António Costa, abriu a possibilidade de os desempregados de longa duração acumularem parte do subsídio de desemprego com o salário, caso decidam aceitar um emprego. Esse incentivo ao retorno ao mercado de trabalho foi uma das medidas previstas no acordo de renda assinado na Concertação Social
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