O turismo, um dos principais motores da economia portuguesa, continua a rota de recuperação depois da pandemia. Em 2023, foram registadas 77,2 milhões de dormidas, mais 10,7% do que no ano anterior, um crescimento sobretudo sustentado pela chegada de turistas estrangeiros. E, em resultado, foram gerados 6,0 mil milhões de euros de proveitos totais, mais 20,1% do que no ano anterior e mais 40,2% face a 2019, antes da pandemia.
Os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira divulgados (dia 14 de fevereiro) revelam que a atividade de alojamento turístico esteve ao rubro em 2023:
- Foram contabilizados 30,0 milhões de hóspedes (mais 13,3% face a 2022);
- Contaram-se 77,2 milhões de dormidas, mais 10,7% face ao ano anterior (+2,1% nos residentes e +14,9% nos não residentes);
- Foram gerados 6,0 mil milhões de euros de proveitos totais, ou seja, receitas em dormidas, restauração e outros serviços decorrentes da própria atividade (mais 20,1% face ao ano anterior e mais 40,2% comparando com 2019);
- Gerou-se 4,6 mil milhões de euros de proveitos de aposento, isto é, valores resultantes das dormidas dos hóspedes (+21,3% face a 2022 e +43,0% face a 2019.
Também o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) aumentou 9,2% em 2023, atingindo 113,1 euros. “Os maiores crescimentos registaram-se nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira (+14,3% em ambas) e na Área Metropolitana de Lisboa (+12,2%). O Algarve e o Alentejo apresentaram as evoluções mais modestas (+4,4% e +5,2%)”, destaca ainda o instituto.
Entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas destaca-se o Porto (+28,0% entre 2019 e 2023), Funchal (+24,2%) e Lisboa (+8,3%). Já Albufeira continuou aquém dos níveis pré-pandemia, tendo registado um decréscimo de 8,8%. O INE destaca ainda que embora o “Algarve seja o principal destino turístico nacional (26,4% das dormidas em 2023), foi a única região nacional que não superou os níveis pré-pandemia”.
Considerando a generalidade dos meios de alojamento – estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude -, registaram-se 32,5 milhões de hóspedes e 85,2 milhões de dormidas em 2023, correspondendo a crescimentos de 12,7% e 10,4%, respetivamente. As dormidas de residentes aumentaram 2,5% e as de não residentes cresceram 14,8%, conclui o INE.