A DIGI chegou a Portugal esta semana, mais concretamente no dia 4 de novembro, e tem dado muito que falar. Recentemente, a operadora recém-chegada ao nosso país falou sobre a falta de acesso ao Metro de Lisboa (MdL).
De acordo com o Observador, quem já se pronunciou sobre o assunto foi, precisamente, o MdL. A empresa de transportes lisboeta referiu que as críticas “carecem, em absoluto, de base factual”.
O que diz a Metro de Lisboa sobre o tema?
Quanto à situação referida, a Metro de Lisboa adianta que tem respondido a todos os pedidos da DIGI e que tem mostrado interesse na realização de “diversas reuniões e visitas técnicas”. A empresa acrescenta que referiu à DIGI que os pedidos de acesso teriam de passar “pela adesão à infraestrutura partilhada pelos demais operadores”.
Recorde-se que, nesta segunda-feira, a operadora romena referiu que tem de superar algumas “barreiras artificiais”, em Portugal. Com isto, a DIGI faz menção à autorização para entrar no Metro de Lisboa, mesmo com as negociações que, alegadamente, estão “em curso há um ano”.
Quem o refere é Valentin Popoviciu, executivo da DIGI, declarações essas que são consideradas “desadequadas” pela MdL. Sobre a nova operadora, a Metro de Lisboa reforça que o seu principal fito é ter a melhor qualidade nos serviços que fornece aos passageiros.
Os serviços em questão, mencionados pela empresa, incluem “o acesso, nas infraestruturas a seu cargo, aos serviços móveis de voz e dados prestados pelos diversos operadores”.
Metro de Lisboa salvaguarda que cumpre todas as obrigações legais
Face às críticas tecidas pela DIGI, a MdL reforça que cumpre com todas as suas exigências legais. Para tal, destaca que o trabalho é realizado de uma forma imparcial, transparente e sempre com o máximo foco no interesse público.
Contudo, citada pelo Observador, refere que a “disponibilização de serviços de comunicações eletrónicas na sua rede tem de ser compatibilizada com as características físicas da infraestrutura, as necessidades próprias, atuais e futuras, do Metropolitano”.
DIGI terá rede no Metro de Lisboa?
Outro ponto que a empresa de transportes lisboeta refere tem a ver com a instalação das diferentes operadoras. Esta, ao não considerar “viável” a instalação de uma infraestrutura para cada um, criou, em 2005, uma rede partilhada.
A Metro de Lisboa reforça que, nesse mesmo documento, consta que qualquer operadora futura teria de funcionar na mesma lógica de partilha. É ainda mencionado que a DIGI terá, supostamente, tido acesso a documentos e convites para reuniões, com o objetivo de explicar a situação.
Por isso, de forma a ter rede no Metro de Lisboa, a empresa adianta que é da responsabilidade da DIGI “consensualizar os passos necessários à concretização da partilha da infraestrutura instalada”.
Em jeito de nota final, esta não é a única queixa deixada pela DIGI. Como refere a mesma fonte, a DIGI também mostrou a sua insatisfação com as dificuldades em negociar com canais de televisão, como SportTV ou Dazn. Importa denotar que a operadora recém-chegada a Portugal não tem, numa fase inicial, a SIC, a CMTV e a Now.