Chiado mantém-se como a localização comercial mais cara de Portugal

A zona do Chiado, em Lisboa, permanece como a localização comercial mais cara do país, ocupando a 30ª posição na mais recente edição do ranking mundial Main Streets Across the World, da Cushman & Wakefield, que analisa os destinos de retalho mais caros do mundo com base nas rendas prime.

 
Indicando que as rendas aumentaram em 79 das 138 localizações analisadas, a Cushman & Wakefield sublinha em comunicado que a renda prime no Chiado atingiu o seu máximo histórico, com valores que rondam os 1620 euros anuais por metro quadrado. Números que colocam esta zona comercial lisboeta no 9.º lugar no Top 10 do aumento de rendas a nível mundial, com uma subida homóloga de 8%.
 
Efetivamente, ao longo dos últimos dois anos, a zona do Chiado registou “um elevado volume de novas aberturas, num total acima de 5.800 metros quadrados de área útil em cerca de 50 novas aberturas”, acrescenta. 20% desta área destinou-se ao setor da moda.

Para João Esteves, partner, diretor de Retail Agency da Cushman & Wakefield Portugal, “a posição que o Chiado ocupa, quer no ranking global quer no Top 10 de subida de rendas a nível mundial, é um reflexo da enorme procura das marcas por localizações de topo”. E continua: “No Chiado e em outras localizações prime em Portugal, sobretudo em Lisboa e Porto, a elevada taxa de ocupação e a diminuta rotatividade acabam por justificar este aumento de preços, sendo algo que o mercado aceita com alguma naturalidade, de acordo com o que temos vindo a verificar.”

Nesta que é a 34ª edição do ranking da Cushman & Wakefield, a Via Montenapoleone, em Milão, lidera, pela primeira vez, a lista das localizações mais caras do mundo, reflexo do aumento de quase um terço nas rendas nos últimos dois anos.

Num ano em que o top 3 do ranking regista diversas mudanças, a nova-iorquina Quinta Avenida, que ocupava anteriormente a primeira posição, está agora no segundo lugar, seguida pela londrina New Bond Street, que ultrapassou a Tsim Sha Tsui, em Hong Kong, que em 2023 fechava o pódio e este ano caiu para o quarto lugar.