Thursday, November 21, 2024

Fundación Amancio Ortega vai doar 80 milhões ao primeiro centro de protonterapia em Portugal

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EFE

Traduzido por

Helena OSORIO

Publicado em



25 de outubro de 2024

O governo português e a Fundación Amancio Ortega assinaram na quinta-feira, 24 de outubro, um acordo de colaboração ao abrigo do qual esta última vai doar 80 milhões de euros para o primeiro centro de terapia de protões contra o cancro em Portugal, a instalar na cidade do Porto.

Amancio Ortega – EFE

A Fundación Amancio Ortega, sedeada na província de La Coruña, em Arteijo, informou em comunicado que estes fundos serão utilizados para a compra de dois equipamentos de terapia de protões para o futuro centro português de protonterapia, que ficará localizado na sede do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil (IPO do Porto).

A verba servirá ainda para adquirir todo o equipamento complementar de diagnóstico e tratamento (software, dosimetria, câmaras e equipamento clínico), bem como para dar a formação necessária aos vários corpos técnicos, nomeadamente médicos, engenheiros, arquitetos e radiologistas, para que possam implementar esta tecnologia no país.

O acordo foi assinado entre a Fundación Amancio Ortega e várias entidades públicas portuguesas, como a Administração Central do Sistema de Saúde, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e o IPO do Porto.

O evento, realizado no Porto, contou com a presença do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e da presidente da Fundación Amancio Ortega, Flora Pérez Marcote.

De acordo com a imprensa portuguesa, o Centro Nacional de Protonterapia (CNP) deverá estar pronto dentro de três a quatro anos e será financiado “quase na sua totalidade” com fundos europeus do Programa Regional Norte 2030”, lê-se, por sua vez, na nota disponibilizada pelo IPO.

A nova unidade será pública e a primeira em Portugal, capaz de responder a todos os doentes que possam beneficiar da terapia de protões, estimados em pelo menos 400 por ano.

A terapia de protões é um tipo de radioterapia que utiliza a energia de alta potência de partículas carregadas positivamente (protões) para tratar o cancro, por oposição à terapia tradicional com raios X.

Alguns estudos indicam que a terapia de protões pode causar menos efeitos secundários do que a radiação tradicional porque é possível os médicos controlarem melhor onde os feixes de protões libertam a sua energia.

A protonterapia é assim uma das formas mais avançadas de terapia com radiação que alveja tumores com uma precisão sem precedentes. Esta técnica de radioterapia inovadora e de maior precisão, é até então inexistente em Portugal, sendo que se trata de um tratamento de doentes oncológicos apontado como especialmente relevante em doentes com longa sobrevivência, particularmente na população pediátrica, com idades compreendidas entre o nascimento e os 18 anos.
 

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