A divulgação, sem autorização, de excertos da autobiografia de Jorge Nuno Pinto da Costa, ‘Azul Até ao Fim’, levou a editora Contraponto a anunciar ontem, em comunicado, que vai avançar com queixas-crime.
“Depois do anúncio da capa do novo livro de Jorge Nuno Pinto da Costa, no domingo à noite, pela TVI, começaram a circular, esta segunda-feira, em vários órgãos de comunicação social, excertos de uma obra – ‘Azul até ao Fim’ – que ainda não foi publicada nem distribuída”, diz a editora, recordando que o trabalho só chegará às livrarias dia 28 deste mês. “Estando todos os exemplares ainda em ambiente controlado – gráfica, armazém e distribuidora -, a editora encontra-se em processo de apresentação de queixas-crime e uma investigação está já em marcha para tentar descortinar a origem da pirataria”, acrescenta.
Em ‘Azul até ao Fim’, Pinto da Costa, de 86 anos, partilha os pensamentos, as inquietações, as emoções, mas também as certezas dos seus três anos derradeiros de vida. O diagnóstico de cancro, que escondeu da família e amigos, é um dos temas abordados. “‘O primeiro dos meus últimos dias’. Foi este o meu pensamento, quando, em resposta a uma pergunta direta que fiz ao Dr. Lindoro, ele me disse: ‘Sim, o tumor que tem é maligno’”, escreve o antigo presidente dos dragões, citado pela Contra- ponto, deixando registadas três decisões: “nunca mais perder tempo com os inimigos, aproveitar os dias que lhe restavam para conviver com aqueles de quem gostava e lutar até ao último dia pelo FC Porto”.
‘Azul Até ao Fim’ será apresentado dia 27, véspera do seu lançamento, num evento aberto ao público, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, às 16h00 (mais na página 28).