Saturday, November 23, 2024

Portugal está mais competitivo no mundo – e infraestruturas ajudam

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Portugal melhorou três posições e é o 36.º no ‘Ranking’ de Competitividade Mundial do IMD 2024, registando o “seu melhor desempenho desde 2021”, subindo em quatro indicadores, entre eles o desempenho económico, foi divulgado esta segunda-feira, dia 17 de junho.

O ‘Ranking’ de Competitividade do IMD 2024, que é liderado por Singapura, é uma análise anual de 67 economias globais e da sua capacidade de gerar prosperidade elaborada pelo IMD World Competitiveness Center (WCC).

Suíça, Dinamarca, Irlanda e Hong Kong completam o ‘top 5’, “num ano em que as posições de topo são dominadas por economias mais pequenas“, lê-se no comunicado.

Nesta 36.ª edição do estudo, Portugal melhorou três posições e está em 36.º lugar, “recuperando a performance de 2021 depois do 42.º lugar obtido em 2022 e do 39.º em 2023″.

As subidas “são comuns aos quatro indicadores-chave do estudo: as infraestruturas (32.ª para 26.ª) são aquele em que regista melhores resultados, seguidas do desempenho económico (sobe da 42.ª para a 39.ª posição), da eficiência empresarial (41.ª para 39.ª) e, por último, da eficiência governativa (43.ª para 41.ª)”, de acordo com o estudo.

Numa análise dos subfatores de cada uma destas áreas, Portugal “obteve as suas melhores pontuações em matérias de educação (21.º), infraestruturas tecnológicas (24.º), saúde e do ambiente (25.º), quadro científico (25.º), legislação empresarial (25.º) e comércio internacional (25.º)”.

Em sentido inverso, “as piores pontuações relacionam-se com política fiscal (58.ª posição), práticas de gestão empresarial (46.ª), produtividade e eficiência (45.ª), mercado laboral (45.ª), economia doméstica (44.ª) e finanças (44.ª)”, segundo o estudo.

O que Portugal pode melhorar para se tornar mais competitivo?

“Entre as principais melhorias face a 2023 no que respeita ao desempenho económico e à competitividade em geral, o IMD destaca o crescimento da população, o excedente orçamental, o saldo atual das contas públicas e as evoluções no campo da transparência, entre outros fatores”, de acordo com o documento.

Já nos campos “em declínio estão, por exemplo, o crescimento real do PIB ‘per capita’, o crescimento real do PIB, a chamada “fuga de cérebros”, o risco de instabilidade política e o crescimento a longo prazo do emprego”, elenca.

Entre os principais desafios para Portugal este ano o estudo aponta que “o primeiro passa por garantir um nível sustentável de crescimento do PIB que permita um aumento sustentável dos rendimentos reais médios, promovendo a diversificação setorial da economia e resolvendo os problemas potenciais de uma futura dependência excessiva do turismo“.

Além disso, o IMD destaca a “necessidade de reforçar a qualidade da gestão através da criação de estratégias nacionais para promover competências nesta área, na transformação digital e na transição energética”.

Estas “podem alavancar a competitividade das empresas, criando o ambiente adequado para atrair investimento e empregos com maior valor acrescentado”, pelo que “defende-se ainda a adoção de reformas importantes no setor público: na saúde, na justiça, na educação, na segurança social e no panorama fiscal e regulamentar”.

Economias emergentes estão a ganhar terreno na competitividade

A fechar o ‘top 10’ estão a Suécia, que subiu dois lugares para o 6.º, à frente dos Emirados Árabes Unidos (7.º), de Taiwan – Taipé Chinês (8.º), seguido dos Países Baixos e da Noruega.

O ‘ranking’ mostra ainda “que as economias emergentes estão a recuperar o atraso em relação às economias mais avançadas, especialmente nos domínios da inovação, da digitalização e da diversificação”.

Ou seja, “países como a China, a Índia, o Brasil, a Indonésia e a Turquia registaram um rápido crescimento e desenvolvimento nas últimas décadas e tornaram-se intervenientes fundamentais no comércio, no investimento, na inovação e na geopolítica” e a “Malásia, a Tailândia e o Chile também estão a estabilizar ou a melhorar”.

O Gana, a Nigéria e Porto Rico juntam-se ao ‘ranking’ nesta 36.ª edição, uma vez que a “inclusão de países africanos contribui ativamente para os seus esforços de desenvolvimento económico, como defendem os autores do estudo, que explicam como a classificação ajuda a atrair investimento, a informar as decisões políticas e a fomentar um espírito competitivo entre as nações”, refere o documento.

Este ‘ranking’ é elaborado com base em inquéritos a executivos e na análise de 164 dados estatísticos. O inquérito para esta edição foi realizado entre março e maio de 2024 junto de 6.612 executivos nas 67 economias, segundo o IMD.

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