Por
Portugal Textil
Publicado em
4 de jul. de 2024
A empresa de confeção, que tem registado um aumento das vendas, está a fazer a sua estreia na Première Vision, retomando a aposta em feiras profissionais dedicadas ao private label. A próxima paragem será do outro lado do Atlântico, em Nova Iorque.
A primeira participação na feira parisiense pretende reforçar a imagem da produção de qualidade da empresa. «Como sempre, a Flor da Moda sente a responsabilidade de oferecer aos clientes, a nível mundial, o que de melhor se faz em Portugal», destaca Nuno Sousa, administrador da empresa, que no Forum Manufacturing, dedicado à área da confeção, com artigos selecionados pela organização do certame, conta com três peças em exposição.
«A indústria portuguesa tem de continuar a ser forte, resiliente e lutar por aquilo que sabe fazer bem, muito melhor do que outros que andam no mercado», considera, lamentando o facto dos expositores chineses e turcos na Première Vision Manufacturing estarem em muito maior número – de Portugal estão na feira, que se prolonga até amanhã, 10 empresas de confeção, num total de 43 expositores lusos de todas as áreas de atuação.
Para a empresa, contudo, as expectativas estão a ser cumpridas. «Foi o primeiro dia, é um retomar relativamente à empresa Flor da Moda. Daquilo que tenho visto, o saldo é bastante positivo, houve uma recetividade interessante relativamente aos visitantes que tivemos», afirma, salientando que vários clientes se mostraram dispostos a encomendas as quantidades mínimas exigidas (150 peças por modelo), demonstrando que «ainda há clientes para isso, o mercado não está assim tão mal», realça.
A Flor da Moda, de resto, tem vindo a aumentar as vendas e, nos primeiros quatro meses do ano, registou um crescimento de 15% face ao mesmo período do ano passado. «O ano passado o negócio correu bem, não perdemos clientes e reforçámos alguns – os clientes habituais cresceram entre 5% e 20%. E conseguimos conquistar novos que, acredito, nas próximas coleções já irão aumentar as encomendas», revela Nuno Sousa.
O objetivo é, por um lado, fidelizar e crescer com os clientes existentes – 57 um pouco por todo o mundo –, ao mesmo tempo que faz novas apostas. «Sempre defendi que a empresa tem de ter vários clientes e vários mercados, até para que possamos aprender todos os dias, alargar horizontes. Isso permite que eu possa ir ao mercado e não ter medo de ter só este ou aquele cliente. Tudo o que é moda feminina, sabemos fazer e somos capazes», justifica o administrador.
Os planos futuros passam, por isso, pela continuação nas feiras, sendo que a presença na Première Vision Paris é apenas o começo. «Ao termos sido aceites no conceito PV, temos Paris, e temos acesso a Nova Iorque, que é também um dos objetivos», assegurou, adiantando que a primeira presença na Première Vision New York deverá acontecer no próximo ano.
A empresa, que não participava em feiras há 15 anos, vê agora estas participações como uma oportunidade de reforçar a sua posição no mercado global. Com 400 pessoas a trabalhar diretamente e através de subcontratados, a Flor da Moda continua a investir em novas tecnologias e equipamentos, com investimentos anuais entre 500 mil e 1 milhão de euros. Recentemente, adquiriu uma nova máquina de corte e para os próximos dois anos está prevista a renovação do sistema aéreo de transporte. «Os investimentos continuam. E se fazemos investimento é porque acreditamos que podemos e devemos continuar, cada vez mais fortes», conclui o administrador.