“Em 2023, Portugal recebeu quase 30 milhões de turistas que geraram uma economia turística de cerca de 25 mil milhões de euros de receitas. A nossa expetativa é que em 2033 Portugal possa arrecadar mais de 56 mil milhões de euros de receitas a nível global e possa empregar mais de 1,2 milhões de pessoas e isso pode significar praticamente 20% do PIB” (Produto Interno Bruto), afirmou Pedro Machado, na cerimónia de abertura da 17ª edição do QSP Summit, no Porto.
Sob o tema ‘Repensar as Organizações’, esta edição do QSP Summit conta com a participação de mais de 3.500 participantes de 30 países e mais de 100 oradores.
Saudando a escolha do tema, que considerou “muito oportuno”, o secretário de Estado do Turismo defendeu, no entanto, que para o país atingir essa expetativa, persistem desafios, sobretudo externos, com a mudança dos modelos de negócio e da competitividade, com o domínio da Inteligência Artificial e a urgência da sustentabilidade.
Defendendo que estes são desafios que se colocam ao Estado, às organizações públicas e privadas, Pedro Machado referiu que a capacidade de ajustamento das organizações terá também repercussões na área do turismo, onde disse existir “uma equação complexa e desafiante” entre sustentabilidade, qualidade e coesão territorial.
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, também esteve presente na cerimónia, e destacou a importância de repensar as organizações, tanto no sector privado como no público, lembrando que o contexto internacional é “cada vez mais desafiante”, para além de outros desafios ao nível da transição digital ou ambiental.
O vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, considerou o tema desta edição “da maior importância e pertinência”, defendendo que tanto as organizações públicas como as privadas “têm de ser repensadas e redefinidas à luz dos desafios actuais, num mundo marcado pela incerteza e volatilidade”.