Thursday, September 19, 2024

eGames Lab soma um ano de trabalho e já criou 112 empregos na área do gaming em Portugal

Must read

“Já há resultados. Já levamos mais de um ano de trabalho. Os parceiros estão muito satisfeitos com os resultados obtidos até agora. Parece-me que o líder do projeto, a Wowsystems, pode congratular-se com a sua audácia de liderar um projeto desta ordem de grandeza”, afirmou, em declarações à Lusa, Pedro Cota, da Solvit, uma das 14 empresas do consórcio.

Os resultados já alcançados pelo consórcio vão ser apresentados no primeiro encontro do eGames Lab vai decorrer, na segunda-feira, no Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira (Terinov), onde estão sediadas duas empresas, a Solvit e a Redcatpig.

Segundo o consórcio, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), desde que foi lançado, o projeto já criou 112 postos de trabalho, incluindo 10 nos Açores, e investiu 29,9 milhões de euros, 60% dos quais em atividades de investigação científica e desenvolvimento tecnológico.

O primeiro jogo, Waste Rush, acabou de ser lançado e há vários em produção para lançamento internacional para PC, consolas e mobile.

Pedro Cota salienta que o eGames Lab tem permitido fixar talentos nesta área em Portugal e criar condições para que haja sustentabilidade na indústria dos videojogos, depois de o projeto terminar, em setembro de 2025.

“Muitas destas pessoas, depois de formadas, são aliciadas por empresas internacionais e a tentação de sair do país é muita. Esta agenda mobilizadora e este projeto vem trazer-nos a oportunidade de fixar cá gente, criar casuística, criar volume e preparar as empresas que estão envolvidas para o futuro”, apontou.

O empresário destacou ainda os esforços desenvolvidos pelos líderes do consórcio para criar um “fundo de investimento, através de instituições parceiras financeiras, que permita criar novos mecanismos de financiamento à indústria”.

“Não só mostra o empenho do consórcio na continuidade e sustentabilidade do projeto, como obviamente trará uma ferramenta de apoio aos parceiros, e não só, porque um dos objetivos do fundo que está a ser criado é o apoio a novas startups que surjam neste campo“, salientou.

A participação em feiras internacionais tem permitido “criar sinergias com operadores e entidades que já estão nesta área, já têm o seu mercado e ‘know how'”.

“Pretendemos não apenas desenvolver os parceiros, mas também todo o setor do gaming em Portugal. Acreditamos que com a visibilidade que está a ser criada nesta área e com as ferramentas que estão a ser criadas surjam novas empresas e que haja empreendedores que queiram desenvolver os seus produtos e lançar-se no mercado“, salientou.

Entre as parcerias já alcançadas, o consórcio destaca as estabelecidas com a Carnegie-Mellon Univesity, a IT Copenhagen University e a empresa da indústria do entretenimento ID&T.

Foram ainda estabelecidos protocolos com a Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, para promover a aproximação de projetos entre o meio empresarial e o académico.

O consórcio é composto por 22 entidades, incluindo 14 empresas, mas nem todas estão diretamente ligadas aos videojogos, como é o caso da Solvit, que desenvolve trabalho na área da engenharia e das telecomunicações.

“Grande parte dos jogos já não corre nos telemóveis ou nos computadores que as pessoas estão a utilizar, mas num servidor web à distância. O nosso papel é otimizar essas ligações entre o terminal e o servidor, de modo a permitir uma melhor usabilidade dos jogos”, explicou Pedro Cota.

Integram o eGames Lab 22 entidades: Wowsystems, Fapptory, Yacooba, Redcatpig, Infinity Games, Footar, Walkme Mobile, 4Spiro, Solvit, Júpiter Wisdom, Greener Act, Subtle Nomad, NOS, Dream Expctation, IST-ID, CMF, Startup Madeira, ACIF, APCA, AFTM, PACT e AJEM.

Latest article