Publicado em
5 de jan. de 2024
O modelo e DJ transmontano, Bruno Fernandes, de Vila Real, deixou-nos aos 38 anos, avançou nos canais de redes sociais a agência Blast Models que o representava em Portugal.
Bruno Fernandes foi encontrado morto na quinta-feira, 4 de janeiro, e, segundo os amigos, enfrentava problemas emocionais que interiorizava sem desabafar sequer com as pessoas mais próximas. Deixou um filho de três anos.
A notícia avançada no mesmo dia pela Blast Models, foi divulgada por vários órgãos de comunicação que quase nada adiantaram sobre o seu trabalho como manequim: “É com profundo pesar que a Blast anuncia o falecimento de Bruno Fernandes”, publicou a agência de modelos na conta do Instagram.
Neste âmbito, salientamos o comentário de João Melo: “É com enorme tristeza que recebo esta notícia. Nem quero ainda acreditar… o Bruno… um modelo incrível com uma postura impecável em set. Um DJ espetacular com um gosto musical fantástico. E, como pessoa, educado e muito atencioso”, pode ler-se no post da Blast, em @blast_models, assinado pelo diretor criativo da Brandfire e da Blend Productions, que colabora também com a marca homónima Ricardo Preto, entre outras.
Mesmo sem se divulgarem detalhes sobre o percurso profissional do modelo português internacional, este fez dezenas de campanhas publicitárias. Mal começou a trabalhar foi logo para fora, o que encurtou ligações com designers de moda masculina, produtores e outros profissionais portugueses, sendo que a FashionNetwork.com consultou alguns veteranos para confirmar o acima mencionado.
Bruno Fernandes cedo partiu em busca da internacionalização, consolidando a carreira como manequim fora de Portugal, mais propriamente nos Emirados Árabes Unidos.
Na sua conta de Instagram há mesmo uma foto sua, no Dubai, flutuando numa boia a meio da piscina, onde diz estar em casa: “Home sweat home”, confessa em @bruno_fernandeset; assim como noutro post se veste tradicionalmente, com Kandura Emirati, Kafieh branco e Ikal ou Agal preto, mencionando: “Habibi ones habibi forever”. E nos retratos, igualmente vestido com trajes árabes, intitula-se “Portuguese Habibi” ou “Habibimode”.
A maioria das fotos levam a assinatura do fotógrafo italiano Maurizio Montani a quem chama “maestro” (mestre). Mas também menciona o fotógrafo português Gonçalo Claro.
Bruno Fernandes revela ainda produções em revistas como a francesa Edgar Magazine, as americanas Cigar Aficionado e Esquire, as britânicas Schön! Magazine e Stark Magazine, a Signé Magazine dos Emirados Árabes Unidos, ou a portuguesa SWR Magazine.
Como também desfiles e campanhas do clube Dubai Motocross Club (DMX); do grupo bancário Emirates NBD (um dos maiores do Médio Oriente em termos de ativos); das maisons de moda italianas de luxo, Dolce&Gabbana, Etro, Moschino ou Versace; do grupo italiano Ferretti de iates de luxo; da rede britânica de lojas de departamentos de luxo, Harvey Nichols (desde 1831); da lendária maison francesa, Hermès (desde 1837); da marca alemã de automóveis Mercedes-Benz (desde 1924); da egípcia Naga Homme do Samir Naga Group, especializado no setor do fabrico de têxteis e de pronto-a-vestir (desde 1930); da empresa peruana líder no setor do vestuário e artigos de couro, Renzo Costa; da relojoeira suíça de luxo Tag Heuer (desde 1860), ou da marca portuguesa T-Charge Eyewear, para citar algumas das colaborações. Bruno publica também o perfil em agências como a Elite Milano.
Bruno Fernandes fez assim uma carreira de sucesso como manequim do Dubai para o mundo, tendo regressado a Portugal há cerca de dois anos onde investiu o fruto do trabalho.
Nas redes sociais, Bruno mostra também uma tendência para desportos radicais, como bicicross, motocross ou wheelie, canyoning ou kayak, flysurfinf, hang gliding ou parapente, snowboarding ou snowkite, skateboarding, etc. Em suma: uma vida de aventura bem desfrutada e levada aos limites.
Desconhece-se a causa da sua morte, se bem que o amigo Duarte Siopa tenha insinuado, no programa Manhã CM, que Bruno estava com uma grave depressão.
Patrícia Cipriano, antiga comentadora do espaço criminal do programa Dois às 10 da TVI apontou igualmente a depressão: “O Bruno era um rapaz nortenho, de Vila Real, trabalhador, um manequim maravilhoso, um homem lindo de morrer que, aliás, teve um sucesso enorme no Dubai. Voltou ao país que o viu nascer para investir tudo o que ganhou. Não devia ter voltado. Roubaram-no e abusaram da sua ingenuidade”, confirmou a advogada.
A atriz e modelo Ana Afonso também faleceu esta semana, aos 47 anos, deixando três filhos. Ana foi vista a parar o carro em plena Ponte 25 de Abril, antes de acontecer o pior.
Copyright © 2024 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.